
A torcida fez sua parte. Foram 68 mil ocupando as arquibancadas do estádio Mané Garrincha, em Brasília (DF). O hino à capela continuou a ser cantado. E pelo visto, a “pane de 6 minutos” apontada como desculpa para a goleada na semifinal, também. A Holanda venceu o Brasil por 3 a 0 neste sábado (12) e ficou com o terceiro lugar, encerrando a campanha melancólica dos donos da casa.
Com seis mudanças em relação ao time titular, o técnico Luiz Felipe Scolari tentou levar ao gramado um time diferente, para honrar a camisa. Na tentativa de usar um esquema pouco treinado, o Brasil continuou a falhar. E mesmo com dois erros da arbitragem, a seleção não jogou bem e pouco ameaçou o gol holandês.
Antes do jogo começar, Sneijder sentiu lesão muscular no aquecimento no gramado. O técnico Van Gaal teve de mudar a escalação antes da partida. A ausência do ídolo, no entanto, não pesou.
A presença de Neymar no banco de reservas parece também não ter ajudado o Brasil. E apesar da torcida não ter visto um repeteco do 7 a 1 da semifinal com a Alemanha, acabou frustrada com o desempenho semelhante ao da partida que marcou o fim do sonho do hexa em 2014.
Logo no primeiro minuto de jogo, quando o Brasil pressionava a saída de bola holandesa e parecia começar melhor, Robben arrancou para o gol e sofreu falta de Thiago Silva. O árbitro argelino Djamel Haimoudi marcou pênalti, apesar do lance ter ocorrido fora da grande área. Van Persie cobrou, Júlio César ainda foi na bola, mas não impediu o primeiro gol.
Aos 16 minutos, outro erro da arbitragem e outro gol. Depois de um lançamento em impedimento, David Luiz afastou o cruzamento de cabeça para dentro da área. A bola sobrou para Blind, sem marcação. Ele teve tempo para matar a bola e chutar: 2 a 0.
No final da partida, torcedores ensaiaram um grito de “olé” para os holandeses, mas foram repreendidos com vaias.
Aos 45 minutos, a Holanda ainda fez o terceiro gol. No cruzamento da direita, Georginio Wijnaldum recebeu na pequena área e chutou para as redes. Dessa vez, não havia falha da arbitragem como desculpa.
Era o que faltava para a seleção ser vaiada a cada toque de bola. Foi a cereja do bolo no maior vexame da história do futebol mundial.
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